domingo, outubro 28, 2012

Depois da meia noite

Era madrugada, e eu ainda andava acordada... A escrever um texto, a conversar com amigos por uma rede social, a ligar a televisão, a pensar no que escrever. Estava frio, e tinha vontade de abrir a casa e sair andando por ai, por uma rua qualquer. Era improvável. Quase impossível. Mas a vontade existia, o risco a correr era o mínimo para a vontade de ir por ai, sem destino, vagando.

Eram tantos questionamentos a fazer, tanta coisa para pensar, que tempo iria faltar. Sentia que me coração queria falar, e mesmo trancada em um quarto eu queria escutar, deixa-lo desabafar. Lembrava-me naquele instante o quanto eu andava precisando ouvi-lo, vivenciar todo aquele momento.
Aos poucos fui notando que o medo que habitava em mim só fazia crescer a cada dia, a cada má situação que me acontecia, mais eu abria uma brecha para que esse sentimento tão tenebroso habitasse dentro de mim. E foi então, que percebi que deveria acabar com esse sentimento para comigo.
Para que um dia ele passasse a me temer, e não me fizeste mais ficar tão assustada. Aos poucos as coisas foram saindo sem que eu mesma percebesse, e toda minha vontade de acabar com aquilo pela primeira vez era maior do que o próprio medo, e foi então que meus sentimentos fluíram além de sentimentos, vontades e palavras..
Revigorei uma força maior que havia em mim, que nem eu mesma imaginava.  Para que a cada amanhecer eu pudesse fazer com que esse mal sentimento saía de dentro de mim, e que um simples sorriso seja a 'arma letal' para combatê-lo.

Natália Luciene

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