quarta-feira, outubro 31, 2012

Perdida, a esperar


Apaguei as luzes e todas as coisas luminosas que havia em meu quarto. Decidi pegar o celular, o fone de ouvido, ouvir uma boa música e me deitar. Desligar-me do mundo.

Mas, nem tudo acontece como planejamos ou até mesmo fazemos/agimos. Queria muito, por um só segundo esquecer da dor, da tristeza. Acabo me perdendo. Sim, perdendo em músicas e sentimentos, lágrimas e insegurança, e deparando-me, acabei me perdendo de mim mesma.

Era tudo tão estranho e melancólico, e perdida eu continuava ali. Deitada na cama, ouvindo aquelas músicas boas, que por um porém me faziam derramar lágrimas, e lembrar de coisas que por um só momento eu queria esquecer, e se esquecer não fosse de total sucesso, ao mínimo me lembrar vagamente.

É, a ideia de que aquilo daria certo foi por água abaixo. Toda vez que tento fazer isso, mais lembro, e mais me machuco. Perdidamente sem saber o que fazer, e como agir diante de uma situação como essa. Adoraria por instante aprender a como lidar com uma situação assim, mas quem sabe se eu soubesse lidar mesmo nunca sentiria isso.

E mesmo diante de tudo isso não paro de pensar no amanhã, talvez porque a melhor forma de acabar com aquela 'tortura' é pensar que o futuro próximo trará boas notícias, que coisas novas irão me atrair, e desejar que o amanhã chegue o mais depressa possível, mais ai é que tá: o amanhã desejado nunca chega.

 E quanto mais você o deseja, menos acontece coisas que você gostaria que acontecesse. Mas sei que não é demais querer o futuro se torne presente, e que mesmo não sabendo a dimensão do caminho que ele por vir a ser, desejo-o. E com assiduidade.

Aos poucos, deparando-me com a realidade e minhas próprias palavras sufocadas, querendo ser despejadas em algum lugar, talvez até em um rabisco de papel. Vou aprendendo a me conformar com a realidade, com o que anda acontecendo, mas aceitar, realmente ainda não aceitei, porque custo um pouco a acreditar que o futuro tão almejado um dia se tornará realidade.

Por enquanto, sigo a esperar, e mais uma vez acreditar que o amanhã chegará, e junto dele, todas as coisas que planejo pra mim mesma, todas as boas vontades, e bons acontecimentos. Enquanto isso, vou tentando me assegurar de uma maneira que seja melhor pra mim, ciente de que a melhor ainda estar por vir.



Natália Luciene

domingo, outubro 28, 2012

Depois da meia noite

Era madrugada, e eu ainda andava acordada... A escrever um texto, a conversar com amigos por uma rede social, a ligar a televisão, a pensar no que escrever. Estava frio, e tinha vontade de abrir a casa e sair andando por ai, por uma rua qualquer. Era improvável. Quase impossível. Mas a vontade existia, o risco a correr era o mínimo para a vontade de ir por ai, sem destino, vagando.

Eram tantos questionamentos a fazer, tanta coisa para pensar, que tempo iria faltar. Sentia que me coração queria falar, e mesmo trancada em um quarto eu queria escutar, deixa-lo desabafar. Lembrava-me naquele instante o quanto eu andava precisando ouvi-lo, vivenciar todo aquele momento.
Aos poucos fui notando que o medo que habitava em mim só fazia crescer a cada dia, a cada má situação que me acontecia, mais eu abria uma brecha para que esse sentimento tão tenebroso habitasse dentro de mim. E foi então, que percebi que deveria acabar com esse sentimento para comigo.
Para que um dia ele passasse a me temer, e não me fizeste mais ficar tão assustada. Aos poucos as coisas foram saindo sem que eu mesma percebesse, e toda minha vontade de acabar com aquilo pela primeira vez era maior do que o próprio medo, e foi então que meus sentimentos fluíram além de sentimentos, vontades e palavras..
Revigorei uma força maior que havia em mim, que nem eu mesma imaginava.  Para que a cada amanhecer eu pudesse fazer com que esse mal sentimento saía de dentro de mim, e que um simples sorriso seja a 'arma letal' para combatê-lo.

Natália Luciene

terça-feira, outubro 23, 2012

God

Por muitas vezes uma pessoa com fé abalada, deixa se levar por coisas mundanas, pensa-se que tudo que existe de ruim só com acontece com esta, e um turbilhão de pensamentos e questionamentos vêm a tona:
"Por que isso só acontece comigo?"
"Por que não é do jeito que eu quero?"
"Por que me faz tanto mal?"
"Por que minha alegria dura?"
"Por que nada dá certo?"

É, quando pensa-se e questiona o porquê de tudo quando está acontecendo, quando acha-se que tudo está perdido e nada nem ninguém é por você, quando começa a desacreditar que um dia tudo dará certo. Aparece alguém que está sempre presente em sua vida, e por muitas vezes não foi capaz de enxergar, e este sussurra em teu ouvido, dizendo:
EU NÃO DESISTO DE VOCÊ, CONFIE EM MIM



A partir de então, uma retrospectiva de tudo que aconteceu ultimamente se passa na cabeça, e ai deve-se fazer uma escolha na qual precisa ser correspondida com uma resposta sábia: Confiar ou não confiar? Eis que confiar com certeza é a melhor coisa a se fazer, e o nome dele já não é mais segredo, Deus. Único, incomparável e onipotente.
Ele tem todas as respostas para as perguntas feitas anteriormente. A partir do momento em que se diz: Confio. Tudo muda, e é só se deixar levar pelos desejos Dele, e se entregar, mas fazer uma entrega de coração. E por mais que em alguns momentos você volte a se distanciar, é apenas voltar a lembrar das maravilhas que Ele é capaz de realizar, das respostas que só Ele pode dizer, e de todas as feridas que Ele pode curar.

"Quando se tem o limite é inexistente"

Natália Luciene

sexta-feira, outubro 12, 2012

Infância..


Palavra bonita, e bem melhor quando se vivencia essa época tão boa.
Lembro que quando criança, não me preocupava com nada além dos presente que ganharia em datas comemorativas, que me preocupava só se meus pais iriam brigar quando chegasse em casa toda suada e com os pés melados de terra enquanto brincava com os colegas na rua.

O tempo passa, e com ele as responsabilidades chegam. E mesmo sem que você queira ou perceba, você acaba agindo como uma pessoa mais velha.
Nunca imaginei que crescer, seria tão doloroso quanto foi comigo, um processo meio lento, e cheios de questionamentos, que só quando você realmente se depara com a realidade, entende porque tudo aquilo aconteceu e foi preciso acontecer, para que algumas coisas dentro de você pudessem se abrir, para que hoje eu tivesse me tornado quem sou.
Quando criança quis muitas vezes ser mais velha do que eu era, e hoje por muitos momentos também quis voltar no tempo,e ser apenas aquela menina ingênua  que gostava de correr na rua, brincar de panelinha e tantas outras besteiras que nunca se apagarão em minha memória. Infelizmente, nem sempre crescemos com aquela intensidade de felicidade, por algumas vezes precisamos levar aquele tombo no caminho, para vermos o que realmente está ao nosso redor.
Mas tenho guardada dentro de mim os meus momentos de criança, e mesmo não sendo ‘tãocriança, ajo algumas vezes como uma para esconder o que verdadeiramente esteja sentindo no momento, e por outras vezes com minha ânsia de alegrar alguém querido de um jeito meu, de um jeito vivo, alegre e criança de ser. Que essa alma nunca se apague dentro de mim, porque dentre essa época, eu tenho lembranças inesquecíveis, que pretendo leva-las comigo pelo resto da vida. 




Viver, e nunca esquecer da criança que existe dentro de você! 




Natália Luciene

domingo, outubro 07, 2012



“O amor é paciente, é bondoso; o amor não é invejoso, não é arrogante, não se ensoberbece, não é ambicioso, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda ressentimento pelo mal sofrido, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade.; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

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 Do filme, um amor para recordar.

segunda-feira, outubro 01, 2012

Amor e Razão




Pinta-se o amor sempre menino, porque ainda que passe dos sete anos, [...]nunca chega à idade de uso de razão. Usar de razão, e amar, são duas coisas que não se juntam. A alma de um menino que vem a ser? Uma vontade com afetos e um entendimento sem uso. Tal é o amor vulgar. Tudo conquista o amor, quando conquista uma alma; porém o primeiro rendido é o entendimento. Ninguém teve a vontade febricitante, que não tivesse o entendimento. Ninguém teve a vontade febricitante, que não tivesse o entendimento frenético. O amor deixará de variar, se for firme, mas não deixará de tresvariar, se é amor. Nunca o fogo abrasou a vontade, que o fumo não cegasse o entendimento. Nunca houve enfermidade no coração, que não houvesse fraqueza no juízo. Por isso os mesmos pintores do amor lhe vendaram os olhos.deixará de variar, se for firme, mas não deixará de tresvariar, se é amor. Nunca houve enfermidade no coração, que não houvesse fraqueza no juízo. Por isso os mesmos pintores do amor lhe vendaram os olhos.


Sermões de Padre Antonio Vieira